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Rio Paraíba do Sul em Campos dos Goytacazes - Foto Secom Prefeitura Municipal (07/01/2015) |
Considerada a principal obra para socorrer o Sistema Cantareira a médio
prazo, a transposição de água da Bacia do Rio Paraíba do Sul para a
represa Atibainha, um dos reservatórios do manancial em crise, corre o
risco de não entrar em operação assim que for concluída. A previsão é
março de 2016.
Em reunião ontem (16) em Brasília, o presidente
da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu, e representantes dos
governo de São Paulo, Rio e Minas Gerais, aprovaram um relatório no
qual ficou definido que a transferência de água da Represa Jaguari, em
Igaratá, interior paulista, para o Cantareira, só poderá ser iniciada
após a recuperação da Bacia do Rio Paraíba do Sul.
A exemplo do
Cantareira, a bacia que abastece mais de 10 milhões de pessoas no Rio,
incluindo a capital fluminense, atravessa a pior seca de sua história.
Ontem (16), o nível dos quatro reservatórios que formam a Bacia do Rio
Paraíba chegou a apenas 2% da capacidade. Além da região metropolitana
do Rio, a bacia atende cidades do Vale do Paraíba, em São Paulo, e
trecho de Minas, somando 15 milhões de pessoas.
Segundo o Estado
apurou, a transposição de água deve ser liberada quando a bacia do
Paraíba voltar a registrar ao menos 25% da capacidade de armazenamento,
índice alcançado pela última vez no fim de julho do ano passado. A
exigência faz parte de acordo fechado ontem (16) que definiu novas
regras de operação dos reservatórios do Paraíba do Sul para garantir
mais segurança hídrica.
Mesmo que a Represa Jaguari, que ontem
(16) estava com 2,4% da capacidade, se recupere antes dos demais
reservatórios da bacia, o governo Geraldo Alckmin (PSDB) não poderá
fazer a transposição de 5 mil litros por segundo para a Atibainha, que
ontem (16) estava com apenas 4,3% da capacidade, considerando a segunda
cota do volume morto.
A transposição foi anunciada por Alckmin
em março de 2014, com prazo de conclusão de 14 meses e custo de R$ 500
milhões. A proposta causou uma briga com o governo do Rio e o acordo só
foi fechado após as eleições. Uma versão final do projeto, agora orçado
em R$ 830 milhões, deve ser apresentada no próximo mês. A obra receberá
recursos do governo federal e Alckmin tenta a aprovação de um regime de
urgência para acelerar a licitação. (Fábio Leite) As informações são do
jornal O Estado de S. Paulo.
Disponível em UOL Notícias
Publicada originalmente em Estadão conteúdo
17/01/2015
http://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,transposicao-do-paraiba-do-sul-depende-da-chuva,1621052
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Equipe Soberania Ambiental
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